sexta-feira, 25 de junho de 2010

A onda das refilmagens



É comum notar a indignação com a quantidade de refilmagens que assolam as telas. De fato, vive-se mais um boom de novas velhas versões de filmes. Considerando Hollywood como o centro oficioso do planeta Cinema, é possível dividir as refilmagens em duas categorias: locais e estrangeiras.

Em um país que é xenófobo notório e cuja massa de espectadores tem preguiça de ler legendas, é uma lógica mercadológica pinçar sucessos ou cult movies estrangeiros para serem refeitos em língua inglesa e com atores muitas vezes reconhecíveis. A contrapartida americana pode ser imediata ou acontecer décadas depois. Essa é uma tradição já veterana, em especial em relação ao cinema francês, remetendo a produções, por exemplo, de 1938 (Argélia, de John Cromwell e com Charles Boyer, que retomou O demônio da Argélia, de Julien Duvivier e com Jean Gabin, concluído no ano anterior).

A refilmagem tornou-se rotina nos anos 1970, mas o primeiro estouro se deu mesmo na década seguinte, quando apenas da França se originaram, entre muitos outros, títulos como Meu problema com as mulheres (1983), de Blake Edwards – refeito de O Homem que Amava as Mulheres (1977), de François Truffaut –, Um vagabundo na alta roda (1986), de Paul Mazursky – tirado de Boudu Sauvé des Eaux (1932), de Jean Renoir – e até o famoso Três solteirões e um bebê (1987), de Leonard Nimoy – refilmado do original Três homens e um bebê (1985), de Coline Serreau. Como se percebe, predominância foi de comédias ligeiras.

Fonte: Leia na íntegra o texto na Revista da Cultura

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