quarta-feira, 18 de abril de 2012

Cinema Mudo na era do verbo


















Sucesso de O Artista flerta com as possibilidades verbais da linguagem audiovisual


Administrar processos de mudança corresponde a um desafio que líderes governamentais e executivos de grandes corporações conhecem bem. Não só eles, claro. Pense, por exemplo, na figura de George Valentin. Profissional reconhecido em seu campo de atuação, acomodou-se à posição confortável e preferiu subestimar o impacto das inovações que começavam a alterar as coordenadas do negócio em questão. Quando se deu conta da necessidade de adaptação aos novos tempos, resistiu. Foi deixado para escanteio e esquecido.

Valentin é o personagem-título de O Artista. Popular no período silencioso de Hollywood, ele assiste incrédulo à chegada da tecnologia que agrega som às imagens, nos anos 1920. Valentin considerava-se imune às transformações. Pagou caro.

Embora seja uma figura ficcional, os traços de Valentin foram inspirados em diversos atores que não conseguiram (ou quiseram) fazer a transição do cinema de origem, sem o uso da linguagem verbal, para os talkies, os filmes falados. Seu nome lembra propositalmente o do italiano Rodolfo Valentino, um dos galãs do período, que não enfrentou o dilema da adaptação porque morreu antes, em 1926, aos 31 anos.

Fonte: Mais informações - http://revistalingua.uol.com.br



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