Saúde perfeita
Sistema
de saúde publica programa esse que funciona tão bem como armas para salvar
vidas. Por sorte, a maioria das pessoas tem conhecimento de sua qualidade e
pagam, uma quantia não tão pequena, para terem planos particulares, e as
pessoas que não têm só podem usar o sistema publico mesmo.
Nosso
paciente de hoje é o Sr. Donivaldo, pobre homem que quebrou o braço no futebol
de sábado com os amigos, e assim estragou o jogo junto com o churrasco. Depois
de toda a pressa de levá-lo ao hospital, e de esperar “algumas” horas para ser
atendido, encontramos Donivaldo no consultório do médico esperando os
resultados dos exames, então o médico entra na sala.
-
Senhor Donivaldo?
- Eu
mesmo.
-
Bem, como o senhor pode ver aqui estão seus raios-X.
Assim o médico entrega o envelope ao homem, esse abre
e analisa os exames. Sem entender o que estava acontecendo, Donivaldo chama a
atenção do médico.
-
Espera, não entendi uma coisa.
- O
que seria?
- Os
raios-X que o senhor me entregou, não parecem ter nada de errado com ele.
Pensei que eu tinha quebrado o braço.
-
Então, você realmente fraturou o braço direito, mas como nós não sabíamos o que
fazer exatamente, nós chamamos um cara que arrumou com o Photoshop.
- Mas
e meu braço? Como fica?
- O
que? Não há nada de errado com ele, sua saúde esta perfeita, olhe para os
exames. Mas parece que foi uma pancada feia, então tome esses remédios e
descanse bastante, ao chegar em casa enfaixe o braço.
E assim o médico entregou uma receita de
remédios para dores musculares e finalizou o atendimento. Deixando o pobre Sr.
Donivaldo com a receita e os raios-X na mão e uma cara de bob no rosto,
pensando “será que eu tenho esses remédios em casa?”.
1º Colocado:
Crônica
BRUNO RODRIGUES
AGUILAR FIGUEIREDO – 2E
Tique-Taque
Estava tudo escuro. Eu não sabia há quanto tempo estivera inconsciente.
Consegui abrir os olhos com esforço e deixá-los semicerrados para não ver todo
o horror que devia estar – e realmente estava – à minha frente.
O chão de pedra estava vermelho, todo aquele sangue que saíra de meus
ferimentos, produzidos pelo estalo do chicote longo e fino. Cada estalo era
como o tique-taque dos ponteiros de um relógio.
Meu peito doeu quando suspirei profundamente. Voltei o olhar a minha
camisa aberta, que já fora branca um dia, não só estava rasgada como tingida de
vermelho, onde eram dados os estalos. Tentei me mexer, e com o tilintar das
correntes que prendiam meus pulsos, que a essa hora já deviam estar em carne
viva, pois latejavam horrivelmente. A razão pareceu voltar a minha mente, e
então me lembrei.
Acontecera há apenas alguns dias.
Eu estava andando nas ruas do bairro de Higienópolis, em São Paulo,
quando tropecei em um corpo. Já ia desculpar-me, pensando que era um mendigo,
quando vi que era uma garota, adolescente, com a garganta cortada, os olhos
ainda vidrados e abertos, refletindo o terror que tomara conta daqueles belos
olhos antes de ter a vida retirada. O canivete, ensangüentado, ainda estava no
chão – ajoelhei-me para examinar melhor a cena com meus olhos de estudante de
medicina quando ouvi as sirenes. ‘’Que bom’’, eu pensara aliviado, ‘’finalmente
trarão justiça para a alma desta pobre menina’’.
Engano meu. Eu fora acusado sem
provas de tê-la matado, pois estava na cena do crime. No começo fui jogado num
cubículo com mais de cinqüenta pessoas – cabiam vinte – onde a comida era
escassa e havia apenas um banheiro. Depois de alegar minha inocência, fui
levado à sala onde estava agora, acorrentado à parede. Espancariam-me até que
eu confessasse. Mas eu não havia feito nada!
O policial entrou na sala, com o chicote na mão. Engoli em seco.
-Pronto para confessar, desgraçado?
A pancada veio. Dois dias sem jantar, ele dissera.
‘’É o fim’’, pensei, de certo modo aliviado.
2º Colocado:
Crônica
MARIANA TREVISAN SERINO – 2E
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