“Eu era uma jovem atriz representando uma peça num teatro portenho enorme e
sombrio. Um dia uma notícia sacudiu o teatro e as suas vetustas estruturas:
tinha chegado um diretor do Brasil (...), um revolucionário, um militante
político e teatral, um homem perseguido.”
Essa história quem conta é
Cecília Boal, em texto publicado no programa da montagem Murro em Ponta de Faca,
no Sesc Belenzinho (veja boxe O mesmo murro, outras facas). Foi assim que ela
conheceu um diretor “charmoso, muito charmoso”, como diz, chamado Augusto Boal,
que escreveu em 1971 a peça citada acima.
O ano do encontro foi 1966, e
seria com essa contundente figura que Cecília se casaria e viveria por mais de
quatro décadas – até 2009, ano da morte do encenador carioca. “Vim com Boal para
São Paulo e o acompanhei pelo mundo”, segue a viúva, lembrando também uma
curiosidade: “a peça que eu representava no momento em que Boal apareceu no meu
camarim era a história de uma moça que se apaixona por um homem de circo e vai
embora com ele”.
Fonte: Leia na íntegra o texto na Revista E
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