sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Cavaleiro delirante




















Imagem do livro Os Dentes da Memória - Piva, Willer, Franceschi, Bicelli e uma Trajetória Paulista da Poesia,

Anarquista, monarquista, surrealista, xamânico, Roberto Piva foi poeta na impossibilidade de se emoldurar

Roberto Piva é daqueles personagens que não cabem em uma biografia precisa. Além disso, ficaria irritado ao ler qualquer coisa trivial sobre si e detestaria ser biografado de maneira cartesiana.

Afinal, sempre se afirmou contra “os pinicos estreitos da lógica”. Pode-se até elencar fatos cronológicos de sua vida, como o nascimento em 1937 e a recente despedida, em julho de 2010, mas seria incoerente apresentar alguma outra faceta que não a do Roberto Piva poeta, até porque ele mesmo reivindicava a convergência entre poesia e vida: “Só acredito em poeta experimental que tenha vida experimental”.

É essa experimentação sem limites, praticada por um grupo de amigos (ver boxe Confraria Literária), nos anos de 1960, e envolta por uma São Paulo muito diferente da de hoje, que está retratada no documentário Uma Outra Cidade, dirigido por Ugo Giorgetti.

“Ele era um poeta e nada mais do que um poeta. Então, vivia de uma forma aventurosa, irregular, inesperada, dedicado exclusivamente à poesia, que era tudo para ele”, diz o cineasta. Segundo Giorgetti, há um círculo de amigos mais próximos dele e, portanto, mais indicados para falar do autor: “Não quero me aproveitar do filme para bancar algo que não sou, mas o Piva era uma pessoa única, um grande amigo e tenho muita saudade dele”.

Fonte: Leia o texto na íntegra na Revista E


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