Se Winston Smith, o personagem principal de 1984, vivia angustiado tentando burlar o implacável Big Brother que controlava através das “teletelas”, o mesmo não ocorre na atualidade com os personagens da vida real, cada vez mais acostumados em ser vigiados. Os programas de reality shows dessensibilizaram o cidadão comum em relação às câmeras? Fato é que cada vez menos o “controle”, em espaços públicos e privados, gera incômodo. A queda de braço entre segurança x privacidade parece já ter ganhador e ser “espionado” se tornou algo trivial. Ruas, escolas, comércios, escritórios, bancos, condomínios, e, até residências são atualmente monitoradas.
Não há dados exatos, mas, estima-se que mais de 2 milhões de câmeras estão instaladas em locais públicos no país. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança só o Estado de São Paulo superou, em 2009, a marca de um milhão de câmeras de segurança instaladas, numa espécie de reality show às avessas com mais de 40 milhões de protagonistas. De acordo com a empresa RCI First Security, durante o trajeto de casa para o trabalho, um paulistano é filmado 28 vezes por dia. No Rio, a média é 10 vezes e em Belo Horizonte 5.
Para a pesquisadora Sonia Mansano, autora do livro Sorria, você está sendo controlado : resistência e poder na sociedade de controle (2009, Summus), a constatação de que estamos cada vez mais rodeados por dispositivos de controle ajuda a torná-los banais, corriqueiros e, até desejados.
Leia a entrevista completa acessando o blog http://cultura.updateordie.com/
No acervo da Biblioteca você encontra:
Fonte:
Blogdacultura.com.br
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