José Datrino, o autodenominado Profeta Gentileza, morreu em maio de 1996. Quinze meses depois, a Companhia de Limpeza do Rio cobriu com tinta cinza a maioria dos 56 murais pintados por ele em viadutos do Caju, zona portuária, sob o pretexto de "limpar a cidade de pichações". Houve reação da população e a prefeitura decidiu apoiar a recuperação, concluída em maio de 2000. Agora, dez anos depois, nova restauração vai devolver as formas originais da obra. Os painéis enigmáticos de Gentileza denunciam o "Capetalismo" e anunciam, como alternativa, que "Gentileza gera gentileza". Responsável pelas duas reformas, o arquiteto Leonardo Guelman, de 46 anos, define os murais como "livro urbano de ensinamentos". Segundo ele, trata-se da maior manifestação de arte mural pública e espontânea no Rio. "O livro está meio apagado, esmaecido." Dessa vez, por ação do tempo.
Fonte: O Estado de S. Paulo (29 abr. 2010)
Não deixe de ver o clipe da música Gentileza - Marisa Monte
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